Operação “Fake Monster” identifica grupo que recrutava jovens para atentado com explosivos improvisados durante apresentação de Lady Gaga no Rio de Janeiro.
Eraldo de Freitas
Da Redação
A Polícia Civil de Mato Grosso, em colaboração com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, participou da operação “Fake Monster”, deflagrada no último sábado (3), que visava desarticular um grupo suspeito de planejar um ataque terrorista durante o show da cantora Lady Gaga, realizado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Em Campo Novo do Parecis (MT), um adolescente de 15 anos foi alvo de mandado de busca e apreensão. Na residência do menor, localizada no bairro Alvorada, foram apreendidos um celular iPhone 11 e a CPU de um computador, ambos utilizados para acessar redes sociais e aplicativos de mensagens, onde supostamente ocorreram as articulações do plano.
As investigações apontam que o grupo utilizava plataformas digitais para recrutar jovens e disseminar conteúdos de ódio, incluindo incentivo à automutilação, pedofilia e violência contra crianças, adolescentes e a comunidade LGBTQIA+. O objetivo seria realizar ataques com coquetéis molotov e explosivos caseiros durante o evento, que reuniu mais de 2,1 milhões de pessoas.
Além do adolescente em Mato Grosso, um homem foi preso no Rio Grande do Sul por posse ilegal de armas e suspeita de liderar o grupo. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso.
A operação foi conduzida de forma sigilosa para evitar pânico entre os participantes do show. A cantora Lady Gaga e sua equipe não foram informadas sobre a ameaça até após a apresentação, que transcorreu sem incidentes.
Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o número de investigações relacionadas a crimes cibernéticos e radicalização de jovens aumentou em 35% nos últimos dois anos, evidenciando a necessidade de ações coordenadas para combater essas ameaças.

Foto: Polícia Civil-MT